Termos como logística verde e logística reversa estão cada vez mais presentes na cultura das empresas desse setor. Mas muitos ainda têm dúvidas sobre o assunto ou não veem benefícios na criação de uma cadeia de suprimentos ecológica.
Esse esforço vai muito além da simples estratégia de publicidade, pois deve ser visto como um guia para uma das indústrias que mais polui o meio ambiente. Embora seja essencial para economia, a logística de entrega de mercadorias deixa uma marca significativa no planeta que precisa ser revertida.
Para tornar esse tema mais acessível, criamos este conteúdo para demonstrar como é possível aumentar a eficiência e promover iniciativas verdes. Continue lendo para saber mais!
O que é uma cadeia de suprimentos ecológica?
Em termos simples, o conceito de sustentabilidade pode ser entendido como uma gestão de recursos que preza pelo bem-estar de todos os seres vivos, hoje e no futuro. Ou seja, não estamos falando somente das necessidades humanas, tampouco de uma visão de curto prazo.
Esse é um esforço de transformação local e global. Hoje, já existem diferentes esferas da sustentabilidade que tratam dos âmbitos urbano e rural, da preservação de diversas etnias e da vida selvagem.
Portanto, essa visão sistêmica inclui a cadeia de suprimentos que deve ser reformulada para minimizar a emissão de gases poluentes, o seu principal agravante. Ela também foca na prevenção de danos ao solo, fontes hídricas e a população em geral.
Quais são os benefícios de investir em uma cadeia de suprimentos ecológica?
Tanto organizações como indivíduos têm a missão de garantir a sustentabilidade da vida no planeta. Porém, esse é um propósito que não pode ser alcançado sem a devida mudança de hábitos e práticas que levaram o meio ambiente a uma situação quase irrecuperável.
Já sabemos que iniciativas sustentáveis podem ser adotadas em qualquer tipo de organização por meio da implementação de medidas simples até planos mais arrojados e de grande escala.
Por isso, os projetos resultam em benefícios, como os que veremos a seguir.
Prevenção do desperdício
Todas as fases do processo produtivo são capazes de gerar desperdício de materiais que, além da perda financeira, tem um impacto negativo no meio ambiente. O mesmo acontece com a gestão de estoque: produtos perecíveis que vencem nas prateleiras e devem ser descartados ou produtos defasados que acabam sendo descartados.
Um meio de solucionar esse problema é adaptar esse processo em duas frentes. A primeira é o planejamento do abastecimento para evitar o excesso de produtos. A segunda ideia é a organização do estoque para favorecer o seu giro.
Redução dos gastos com combustível
O abastecimento da frota é um dos maiores custos no processo de distribuição. Sob o ponto de vista ambiental, a queima de combustíveis fósseis é extremamente danosa ao ambiente.
A otimização dessa atividade começa com mudanças voltadas para o planejamento e a roteirização de entregas. Com isso, é possível diminuir o trajeto seguido pelos veículos e aumentar a eficiência das entregas. Essa iniciativa representa uma fonte de economia e agilidade.
Melhoria da imagem da empresa
A percepção do público é uma das maiores preocupações das empresas. Ser vista como uma organização moderna, diversa e sustentável não só é desejável, mas uma necessidade.
Uma das alternativas para atingir esse objetivo é fazer da construção de uma cadeia de suprimentos ecológica uma prioridade. Essa ideia gera uma identificação com o público — que está cada vez convicto do seu papel de consumidor consciente.
Porém, esse deve ser um esforço real e mensurável, com alterações na cultura da empresa e na sua forma de fazer negócios.
Como tornar a cadeia de suprimentos ecológica e sustentável?
Temos observado que, em muitos casos, a simples modernização do processo de movimentação de cargas já gera uma significativa redução da pegada de carbono. Isso prova que é possível aliar tecnologia a práticas sustentáveis.
Em contrapartida, as empresas também são beneficiadas, pois fortalecem a sua imagem perante o público. Além disso, tornam-se mais eficazes em seus processos de trabalho. Por isso, listamos algumas recomendações para quem tem interesse em implementar iniciativas desse tipo.
Desenvolvimento de fornecedores
Isso mesmo! As ações dos seus fornecedores também são sua responsabilidade. Operadores logísticos, parceiros e despachantes aduaneiros são essenciais para o sucesso desse projeto. Nos últimos anos, temos observado uma tendência de grandes corporações que exigem que os seus fornecedores trabalhem em conformidade com os seus padrões de controle e qualidade ambiental.
Para que isso funcione, são realizadas avaliações periódicas que verificam se os procedimentos estão sendo seguidos. Como reconhecimento, quem é avaliado positivamente fortalece a relação com o cliente e conquista novas oportunidades de negócio.
Digitalização do processo
Você já parou para imaginar quantas toneladas de papel são usadas no processo logístico? Por exemplo, para o processamento do pedido há a emissão de documentos fiscais, comprovantes de entrega, faturas de cobrança e registros que precisam ser arquivados.
Tudo isso pode ser corrigido com a adoção de tecnologias que possibilitam a digitalização do processo. Quando todas as informações estão disponíveis para consulta é possível limitar a impressão somente para documentos essenciais. Enquanto isso, os dados podem ser acessados on-line, com segurança e precisão.
Implementação da logística reversa
Além da possibilidade da devolução de mercadorias, a logística reversa tem um papel ambiental, pois significa o retorno das mercadorias para a sua origem — e isso pode assumir diversas formas.
Por exemplo, as empresas de bebidas criam embalagens retornáveis com o intuito de reutilizar as garrafas várias vezes. A indústria de cosméticos também usa essa ideia de forma semelhante com a criação de embalagens refil que utilizam uma quantidade inferior de plástico e outros materiais.
Isso também vale para o setor de equipamentos, que gera uma grande quantidade lixo eletrônico extremamente poluente. Ciente do risco que representam, as fabricantes incentivam o retorno de produtos inutilizados para reaproveitamento, quando for possível, ou descarte seguro dos componentes.
Por fim, é importante destacar que a construção de uma cadeia de suprimentos ecológica é um projeto de longo prazo. Embora pareça ser uma tarefa de grandes proporções, ela deve ser uma prioridade, pois os ganhos superam os obstáculos.
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