Falhas logísticas são inevitáveis. Ou será que é possível evitá-las com o bom uso da tecnologia?
Esses problemas podem ser extremamente custosos e gerar erros em cadeia para a empresa. Então, é necessário ter uma visão madura e proativa com relação a eles.
Inicialmente, precisa-se entender que os erros são comuns e que podem ocorrer. Uma visão madura nunca deve pensar que a empresa está imune a eles; por outro lado, também não é inteligente encará-los como se fossem o fim do mundo.
Uma falha pode ser bem tratada se for encarada de frente. É o que entenderemos a seguir.
Os motivos pelos quais é importante prevenir falhas logísticas
Um dos motivos principais é a redução de custos. As falhas logísticas são extremamente perigosas, pois podem gerar descontrole financeiro e levar a empresa para um caminho difícil e quase irrecuperável.
Afinal, os problemas causados pelas falhas desencadeiam situações em que mais despesas serão geradas. Isso atrapalha completamente o planejamento financeiro.
Outro ponto é prezar a produtividade. As falhas no processo logístico conduzem a gargalos produtivos sérios que desestabilizam toda a cadeia. Estamos falando de erros estruturais que vão afetar diretamente os indicadores e vão gerar, consequentemente, perdas financeiras.
Por outro lado, uma empresa do setor logístico depende muito da sua imagem e reputação, e a prevenção de erros ajuda a otimizar isso. Digamos que uma organização administre parte da cadeia, por exemplo. Ela precisa ter uma boa reputação para convencer os outros e garantir parcerias.
Caso ela já tenha um histórico de falhas graves no fazer logístico, as outras empresas podem ficar receosas de começar um novo processo com essa organização.
Outro ponto, muito convincente, é o fato de que as operações logísticas estão naturalmente estruturadas em cadeia. Assim, qualquer erro em uma das fases desencadeia grandes problemas para outras, em um terrível efeito dominó.
Por isso, um erro, por mínimo que seja, pode se tornar um fenômeno descontrolado e difícil de conter. Assim, a qualidade e a busca pela excelência devem ser bandeiras inegociáveis.
Principais falhas da logística
Agora, vamos finalmente detalhar as principais falhas na cadeia logística.
1. Atraso nas entregas
Um dos graves erros é o atraso em entregas. Uma empresa logística se vende justamente pela sua pontualidade, sua precisão para lidar com prazos e promessas feitas. Se algo está destinado a um dia X, deverá chegar até esse dia.
Para ter essa certeza, a empresa deve conhecer muito seus processos, ter transparência e visibilidade e saber lidar com imprevistos. Os atrasos representam, portanto, um compilado de erros que geram uma só consequência.
2. Falta de análise dos indicadores
Outro ponto é não olhar para os indicadores, ou apenas olhar para os números errados. Essa falta de cuidado com as métricas pode esconder sérios problemas e erros, bem como impedir que a empresa continue um processo de evolução.
É preciso, portanto, reverter esse erro ao implantar uma cultura focada nos indicadores.
3. Avaria nos produtos
Entregar produtos quebrados, avariados ou em más condições é um grande erro. Pode custar a reputação da empresa, a relação com parceiros e a visão do cliente. Também é resultado de outras ações erradas, como a falta de controle e visibilidade sobre o processo.
4. Ausência de investimento na capacitação da equipe
Outro ponto que representa uma falha estrutural é a falta de cuidado com a capacitação do time. Quando uma empresa negligencia essa questão, ela sofre com erros e mais erros em sequência, pois a equipe estará sempre despreparada para as demandas.
Ou seja, novamente, isso é um resultado de outros erros e também um erro que causa outros.
5. Falta de comunicação entre estoque e sistema
Outro grande gargalo é a falta de interação e alinhamento entre estoque e sistemas. Esse problema pode causar questões de comunicação e erros nas etapas, como falta de estoque para apresentar ao cliente ou até mesmo falha na hora de colocar um produto no armazém.
Em muitos casos, o estoque possui o produto, mas o sistema não indica; ou o contrário: o sistema acusa a existência de um item que não está presente fisicamente no estoque. Isso pode gerar insatisfação dos clientes ou das empresas parceiras.
6. Falta de uso de sistemas
Esse é um grande erro que pode afetar todas as etapas da cadeia e, por sua vez, gerar todos os outros erros. A falta de uso de um sistema inteligente pode impedir a visibilidade e atrapalhar fortemente o controle de todos os processos.
Nada ficará claro o suficiente, a conexão e a comunicação entre as partes será prejudicada e, sobretudo, a interligação entre os sistemas será afetada. Como estamos falando de uma cadeia que precisa desse tipo de conexão, esse erro pode ser crucial para atrapalhar as operações.
Como a tecnologia pode ajudar
O uso da tecnologia gera visibilidade e transparência sobre o processo. Afinal, ao permitir o controle de todas as etapas, desde a produção, passando pelo armazenamento, até o transporte, é possível visualizar o que tem que ser feito e reparar os problemas.
O controle em tempo real permite também a gestão em tempo real dos eventos e das situações. Desse modo, é possível conter danos, agir em reparação e garantir o máximo de produtividade e o mínimo de riscos às pessoas e aos produtos.
Por exemplo, é possível monitorar todas as etapas do transporte. Assim, a empresa sabe exatamente onde os veículos estão, em cada ponto, podendo otimizar as rotas em tempo real, bem como visualizar possíveis riscos e incidentes.
Da mesma maneira, o produto fica rastreável quando entra nos centros de distribuição e armazéns. É fácil de encontrá-los e de movimentá-los, sempre com a garantia de que chegarão ao destino quando planejado.
Como vimos, as falhas logísticas podem custar bastante a uma empresa do setor. Por isso, é interessante ficar atento a essa questão, entendendo, principalmente, como a tecnologia atua nesse sentido. Com os softwares corretos, a empresa ganha visibilidade, consegue agir em tempo real e evita todos os erros citados.
Então, o ideal é já partir para a próxima fase: pensar em quais soluções seriam interessantes. Nesse próximo passo, vale um diagnóstico das necessidades da organização, inclusive.
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